É engraçado como cada país da Europa têm os seus hábitos etílicos bem definidos: a Escócia tem sua paixão por uísque, a Bélgica tem suas cervejas trapistas, a França e seus vinhos, a Alemanha e suas weiβbier, a Inglaterra e suas “real ales” a Rússia e a Polônia com suas vodkas e a Irlanda consumindo em excesso qualquer coisa que contenha alcóol, deixando irlandeses bêbados buscando brigas em bares.
A cerveja é uma parte importantíssima da vida cotidiana alemã. Hitler instituiu as reuniões do partido nazista em uma cervejaria. Ele mesmo não bebia, mas sabia que se quisesse captar a atenção do povo, o lugar que ele teria que ir eram os bares. Em Munich, todo trabalhador tem o direito de beber até 500ml da bebida em horário de trabalho. Um dos mais antigos decretos alimentares do mundo é a Reinheitsgebot, a lei da pureza da cerveja alemã, promulgada em 1516 e válida até hoje.
De todas as cidades alemãs, Munich é certamente a minha favorita. Sou fã das tradições bavárias, da arquitetura antiga e reconstruída da cidade, das biergartens, da Oktoberfest, das “alemãzinhas de olhos lindos, meu amor!” e das histórias e lendas em torno da cerveja. Uma de minhas histórias preferidas remete ao ano de 1823, durante o reinado do meu rei alemão favorito: Ludwig I.
Ludwig I, pelo que parece, muito antes da invenção do pente.
Eu nunca compreendi perfeitamente o futebol americano. As regras são muito complexas e dependem muito de critérios meio subjetivos, que incluem faltas por “força desnecessária” e zonas imaginárias aonde os jogadores podem ou não lançar a bola.
Tal como as mulheres, a apreciação deve ocorrer ignorando-se as partes que não conseguimos entender. Basta saber que a o esporte é uma mistura de pega-pega, sumô e rouba-bandeira. A base dele é a conquista de território, definido por “jardas“, unidade de medida em que cada jarda corresponde a 0,9144 metro.
2012 é o ano do fim do mundo, apesar de todo mundo ter parado de falar disso depois que o ano começou. É como aquele velho da família que todo mundo fica especulando sobre a sua morte, mas disfarçam e não falam nada quando ele está presente. Ou falam, afinal, ele já tá surdo mesmo e ainda confunde você com o seu primo que morreu três anos atrás.
Eu acho estúpidos esses profetas que anunciam o fim do mundo. É o tipo de aposta que você só tem a perder, afinal, se você estiver errado, se desmoraliza e, se estiver certo, ninguém vai estar lá para reconhecê-lo.
O ano, aliás, não esteve bom para profetas. Contrariou-se a história, quebraram-se tabus, desfizeram-se costumes. Nada aconteceu de normal em 2012…
Darth Vader
“Quer dizer que tem um buraco na minha nave trilhardária e que, se atirarem ali, a nave explode? Cara, pelo amor de Yoda, cobre esse buraco! Vamos cimentar essa bosta… sei lá, colocar uma rede, qualquer coisa… Eu até poderia ser convencido que ele serve para ventilação, mas não tem ar no espaço, cara! Então tapa essa droga agora!!”
A ciência é capaz de me convencer das coisas mais absurdas possíveis. Estudos apontam que estudos apontam muitas coisas ultimamente.
Uma das coisas que as respeitosas publicações científicas adoram são comparações sensacionalistas. Não é forte o suficiente sair por aí dizendo que internet vicia; mas uma boa forma de conseguir destaque na mídia é dizer que “internet vicia mais que cigarro”.
Nada contra comparações bizarras; pelo contrário: eu sou a favor de que a imprensa anunciasse, por exemplo, que Felix Baumgartner saltou de pára-quedas o equivalente a mais de 3900 estátuas do Borba Gato. Quanto mais bizarro, melhor.
Mas eu não sei qual a fixação acadêmica por vasos sanitários. Em todo estudo de sujeira, a base de comparação são as retretes. O que me faz pensar que os banheiros dos laboratórios devem ser absurdamente limpos. E que eles precisam de um novo parâmetro para definir imundície. Para que os próximos estudos venham com “mais sujo do que uma nota de dois” ou “mais sujo do que um francês”…
Não cheguemos a tanto…
Segue, de acordo com estudos, cinco coisas mais sujas do que um vaso sanitário:
Mouse
(http://br.noticias.yahoo.com/mouse-tem-mais-germes-vaso-sanitário-estudo.html)
De acordo com o estudo, o mouse é até três vezes mais sujo do que uma privada. E termina dizendo que os mouses dos homens são mais nojentos do que o das mulheres. Mas, infelizmente, não especifica qual gênero tem o banheiro mais desasseado.
(http://news.bbc.co.uk/1/hi/7377002.stm)
Eis um deleite. Adoro quando a matéria se refere aos teclados como “health hazard”, o que me faz pensar em algo quase radioativo. A escrita é drástica, citando teclados que sofreram quarentena e um que tinha uma concentração de bactérias 400 vezes maior do que uma privada.
Como freqüentemente acontece, a ciência aqui contraria a própria ciência, dizendo que o teclado e a área de trabalho das mulheres é mais suja do que o dos homens, exato oposto do que foi-nos apresentado no estudo dos mouses. E ainda me deixa curioso pra saber qual banheiro é o mais nauseabundo: sério que ninguém se preocupou em saciar essa curiosidade?
Já no meu teclado, as teclas mais sujas são “W”, “A”, “S” e “D”
Em frente ao Centro Pompidou, em Paris, reside a nova obra do escultor francês Adel Abdessemed. O prédio do museu já tem uma estrutura peculiar, com canos e tubulações expostas. O interior contém obras de grandes artistas do último século, de Picasso a Dali, passando por Matisse e pelas obras provavelmente feitas por crianças cegas paraplégicas de cinco anos e assinadas pelo Miró.
Do lado da fora, agora reside uma estátua de bronze de quase cinco metros de altura que retrata o exato momento em que o ídolo francês Zinedine Zidane cabeceou o italiano Marco Materazzi, no final da Copa do Mundo de 2006.
Mais do que uma obra de arte. A estátua é uma grande homenagem ao futebol. Um retrato eterno do maior momento de um jogador e, mais do que isso, do maior momento de um homem. É um grito de uma geração. É um ode a tudo que há de bom no esporte. É um aviso aos italianos. É uma reavivação da lembrança de cada homem. Onde você estava quando o Senna morreu? E quando o Zidane cabeceou o Materazzi? Era uma época mais inocente, onde gifs animados surpreendentemente bem feitos faziam as vezes de memes da época e não eram desleixadamente compartilhados pelas nossas tias.
E a Torre Eiffel deixará de ser o monumento mais belo e popular de Paris.
Nana Gouvêa foi assunto da internet esta semana por ter feito um ensaio fotográfico vestida. As fotos são chocantes para nós, que não estamos acostumados a vê-la com roupa.
O furacão que atingiu New York esta semana alavancou a carreira internacional de Sandy e abasteceu a internet com todo tipo de piada previsível. Então, obrigado, Nana! Por essa ninguém previa.
Imaginando, porém, os próximos passos da modelo, aqui vão os cinco melhores lugares para a Nana Gouvêa fazer seu próximo ensaio fotográfico:
Protestos da Grécia
Nana Gouvêa nos protestos da Grécia
“Muito bonito ver o povo todo unido nas ruas. É por causa da vitória nas Olimpíadas, né?”, disse a modelo.
“Eu fechei a janela? Devo ter fechado. Eu sempre fecho. Não vou lá agora, sair do carro, fechar o carro, entrar em casa, só pra ver uma porcaria de janela. É muito trabalho. O foda é que agora eu vou ficar a tarde inteira com a dúvida se eu fechei a janela ou não. Bosta!
“Se eu quiser confirmar isso, tenho que virar aqui agora. Vou virar… Não. Foda-se. Agora vou ficando cada vez mais longe e não vou mesmo voltar só pra ver isso. Não vai chover hoje também. O tempo tá bonito. Se bem que ontem também estava e choveu. Ah, mas mesmo se chover não vai ter problema: o que eu tenho perto da janela que não pode molhar? Talvez a televisão. Não, mas tem que chover com uma ventania muito forte para a água atingir a televisão. Não tem perigo. Se chover, só vai inundar o chão. E minha mesinha. Mas também não tem nada em cima da mesinha.
As pequenas coisas infinitas do Universo: o número de estrelas no firmamento, a tendência de um número muito grande dividido por um número muito pequeno, a estupidez humana e um tubo de pasta de dentes.
Um tubo novo de Sensodyne® passa do estado cheio para “quase acabando” em mais ou menos uma semana. Depois disso, ele pode permanecer na situação de praticamente vazio por meses ou até anos.
Aperta que sai
Entre as leis universais que regem o funcionamento da higiene bucal, as mais marcantes são que todas as escovas são recomendadas pelos dentistas e que sempre há pasta suficiente para mais uma escovada.
Nada é mais gratificante do que pegar aquela embalagem totalmente retorcida, espremê-la a partir do final do tubo até a boca se dobrar em uma posição de quase-yoga e cuspir o último resquício de creme dental – que, obviamente não é o último. Se necessário, algumas cerdas da escova podem fazer incursões ao bocal da embalagem resgatando sobras de dentifrício de suas paredes. Tal qual um copo de coca-cola recém-vazio que, quando em repouso, junta magicamente mais um pouco de líquido em seu fundo, a embalagem deixada no banheiro cria novo conteúdo para lhe proporcionar posteriormente uma nova sessão de suposta proteção contra cáries e os demais problemas bucais.
Eu nunca vi ninguém jogar fora um tubo de pasta de dentes completamente satisfeito. “Esta Sensodyne® eu usei até o fim!”. Não! As embalagens vão ao lixo por timidez ou preguiça do proprietário de continuar espremendo-as, ou simplesmente porque você precisa usar o novo tubo que comprou há 7 meses, quando aquele atual já estava praticamente vazio.
Acho que a minha embalagem de Sensodyne® atual já está no fim há dois anos. Eu tenho uma outra de Colgate, mas Sensodyne® é a marca especialista em dentes sensíveis e erosão ácida. E meus dentes são muito sensíveis: outro dia eles choraram assistindo Bridget Jones.
Use Sensodyne®, a marca mais recomendada pelos dentistas.
Um pouco mais renegada do que sua irmã com todos os braços, as Para-Olimpíadas ocorrem desde 1960. No mesmo país sede e depois das Olimpíadas, o evento é uma amostra de superação humana, com competições envolvendos atletas deficientes, sem braços, pernas, cegos, anões, com problemas mentais e fãs de Crepúsculo.
É inspirador e interessantíssimo assistir essas pessoas fazendo coisas que eu não conseguiria fazer nem se tivesse o dobro de braços que tenho. Nadadores e corredores sem pernas ou atiradores de flecha sem braços. Faltou as competições de tiro ao alvo para portadores de Mal de Parkison, mas isso deve ser incluído nas paraolimpíadas futuras.
Fui então no ExCel Arena em Londres para poder acompanhar as provas, em um dia de competição. Comprei um “day pass” que me dava direito a acompanhar todas as modalidades que estivessem em curso na arena no dia. Comecei então pelo tênis de mesa, simplesmente porque era mais perto da entrada.
Para-Ping-Pong
Oito mesas de ping-pong estavam dispostas no estádio, com partidas ocorrendo simultaneamente. Dividido por categorias, algumas mesas com menos espaço livre eram dedicadas aos competidores em cadeiras de rodas. Quando entrei, um anão coreano disputava contra um holandês que parecia ser albino. Alguns jogos começaram pouco depois, incluindo um jogo muito dinâmico entre um atleta da Suécia e um da Áustria – ambos sem uma das mãos. Perto deles, um chinês com dificuldades de locomação jogava contra um espanhol sem qualquer deficiência aparente – devia estar lá por ser judeu ou algo do tipo.