Beber é o melhor remédio

Taí um protesto que eu iria!
Taí um protesto que eu iria!

Há muito tempo a medicina já permanece quase unânime em relação aos benefícios que duas taças de vinho diárias podem fazer ao coração. Mas, em defesa das outras biritas, não é só o vinho que pode trazer benefícios à saúde, mas qualquer tipo de álcool. A ciência nas últimas décadas vêm estudando a fundo o efeito das bebidas na saúde humana e os resultados apontam uma vida mais saudável para o pessoal que gosta de entornar um caldo.

No livro “Drop Dead Healthy“, o autor A.J. Jacobs narra sua saga ao tentar se transfomar na pessoa mais saudável do mundo. Ele segue conselhos e pesquisas fortemente embasadas e apresenta dados surpreendentes. O álcool é citado no livro como sendo um “vício saudável”, em uma lista que também englobava chocolates, video-games, sonecas e deixar a cama desarrumada.

Até a Bíblia se mostra a favor do álcool, de acordo com estudo feito por Daniel Whitfield, um enófilo cristão que fez um estudo exaustivo sobre todas as menções alcóolicas bíblicas. São 247 entre o novo e o antigo testamento; dentre elas apenas 40 referências negativas, totalizando 16%. As referências positivas são 145, o equivalente a 59%, e envolvem, entre outras, a abundância de álcool como um sinal da benção de Deus e a ausência dele como um sinal de uma maldição divina. Os 25% restantes são referências neutras. [Fonte: The Year of Living Biblically (A.J.Jacobs)]

Álcool faz bem. Cada vez mais pesquisadores vêm descobrindo isso. É sempre bom destacar que os estudos de benefícios de um goró obedecem uma curva gráfica ligeiramente complexa: O exagero pode ocasionar em alcoolismo e em efeitos não tão positivos à saúde, mas quem bebe com moderação apresenta menor taxa de mortalidade do que os abstêmios.

O conceito de moderação, entretanto, também varia entre os indivíduos e depende da bebida. No caso da cerveja, por exemplo, 600ml diários é uma quantidade que você pode entornar tranquilo. Mais do que isso já varia de pessoa para pessoa – porém, experiências próprias apontam que, quanto mais você beber, melhor ficam suas histórias.

Cinco coisas mais sujas que um vaso sanitário

A ciência é capaz de me convencer das coisas mais absurdas possíveis. Estudos apontam que estudos apontam muitas coisas ultimamente.

Uma das coisas que as respeitosas publicações científicas adoram são comparações sensacionalistas. Não é forte o suficiente sair por aí dizendo que internet vicia; mas uma boa forma de conseguir destaque na mídia é dizer que “internet vicia mais que cigarro”.

Nada contra comparações bizarras; pelo contrário: eu sou a favor de que a imprensa anunciasse, por exemplo, que Felix Baumgartner saltou de pára-quedas o equivalente a mais de 3900 estátuas do Borba Gato. Quanto mais bizarro, melhor.

Mas eu não sei qual a fixação acadêmica por vasos sanitários. Em todo estudo de sujeira, a base de comparação são as retretes. O que me faz pensar que os banheiros dos laboratórios devem ser absurdamente limpos. E que eles precisam de um novo parâmetro para definir imundície. Para que os próximos estudos venham com “mais sujo do que uma nota de dois” ou “mais sujo do que um francês”…

kissing toilet
Não cheguemos a tanto…

Segue, de acordo com estudos, cinco coisas mais sujas do que um vaso sanitário:

Mouse

(http://br.noticias.yahoo.com/mouse-tem-mais-germes-vaso-sanitário-estudo.html)
De acordo com o estudo, o mouse é até três vezes mais sujo do que uma privada. E termina dizendo que os mouses dos homens são mais nojentos do que o das mulheres. Mas, infelizmente, não especifica qual gênero tem o banheiro mais desasseado.

Telefone celular

(http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/seu-celular-e-mais-sujo-do-que-a-privada/)
Diz a matéria que os telemóveis são imundos porque ficam muito em contato com suas mãos e sua boca. Então, na verdade, se as bactérias são suas mesmo, que diferença faz?

Caixa Eletrônico

(http://www.cbsnews.com/8301-504763_162-20028109-10391704.html)
“Chame de dinheiro sujo”, começa a matéria. E entra em uma espiral contradizente de amor e ódio às bactérias.

Esponja de cozinha

(http://saude.terra.com.br/doencas-e-tratamentos/esponja-de-cozinha-e-mais-suja-do-que-privada-diz-estudo,7cfb4bdebe22b310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html)
Como eu esperava, aqui pelo menos eles falam que o vaso sanitário não é tão emporcalhado assim. E me enchem de argumentos para eu não lavar a louça. Afinal, se está tudo sujo de comida mesmo, então não tem problema.

Teclado

(http://news.bbc.co.uk/1/hi/7377002.stm)
Eis um deleite. Adoro quando a matéria se refere aos teclados como “health hazard”, o que me faz pensar em algo quase radioativo. A escrita é drástica, citando teclados que sofreram quarentena e um que tinha uma concentração de bactérias 400 vezes maior do que uma privada.

Como freqüentemente acontece, a ciência aqui contraria a própria ciência, dizendo que o teclado e a área de trabalho das mulheres é mais suja do que o dos homens, exato oposto do que foi-nos apresentado no estudo dos mouses. E ainda me deixa curioso pra saber qual banheiro é o mais nauseabundo: sério que ninguém se preocupou em saciar essa curiosidade?

Teclado
Já no meu teclado, as teclas mais sujas são “W”, “A”, “S” e “D”