Bette Davis v Joan Crawford: Dawn of tretas

É uma época de polaridades. São coxinhas contra petralhas, #TeamCaptain contra #TeamIronMan, Carreta Furacão contra Furacão 2000. Em tempos de tanto ódio e tantos confrontos épicos cinematográficos, é bom relembrar um dos confrontos mais marcantes do cinema: Bette Davis contra Joan Crawford.

Aos fãs da sétima arte é difícil imaginar que os atores e produtores de filmes tenham divergências tão comuns quanto as que nós mesmos possuímos em nosso dia-a-dia no trabalho. Da mesma forma como a gente odeia aquele cara que puxa o saco do chefe ou aquele programador ineficiente que fica escrevendo babaquices em seu blog pessoal ao invés de corrigir a animação do side menu do aplicativo, também no glamuroso ambiente cinematográfico há diretores machistas, atores que não se bicam ou roteiristas que detestam produtores que mexem nas suas idéias. São razões conflituosas tanto ou até mais válidas do que odiar aquele cara do marketing porque ele criticou sua marmita (desculpa se meu macarrão não parece tão apetitoso quanto aquele que sua mãe fazia na Itália, seu maldito).

Alfred Hitchcock, por exemplo, sempre dizia que “Atores são gado”. A atriz Faye Dunaway brigou tanto com o diretor Roman Polanski durante as gravações de Chinatown que em um momento ela atirou uma xícara de urina na cara dele. Rachel McAdams e Ryan Gosling se odiavam tão profundamente durante as gravações de Diário de uma paixão que a melhor forma que encontraram para magoarem-se mutuamente foi começarem um relacionamento.

"magina, miga! você tá linda!"
“magina, miga! você tá linda!”

Mas a treta entre Bette Davis e Joan Crawford foi algo muito mais profundo do que esses fetiches pontuais de mijar em uma xícara e atirar na fuça de um desafeto. Mais do que simples rivalidade, as duas nutriam pela outra um ódio quase irracional.

Todo tempo que a falta de tempo tem

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Reza o dito popular que, quando você tiver algo muito importante para ser feito, deve pedir à pessoa mais ocupada: ela encontrará a forma mais fácil e rápida de fazê-lo. A sabedoria contida no provérbio é inexorável; a dificuldade moderna, porém, é encontrar no meio de seu rol de contatos o que for o mais ocupado.

“Estou sem tempo para nada” é a desculpa do século, válida mais para si mesmo do que para outrem. Afinal, perde-se tanto tempo trabalhando, transitando, comendo e assistindo a novela das oito que ninguém mais têm tempo para ir à academia, tocar oboé ou aprender francês.

Táticas femininas para se dar bem em discussões

Texto originalmente publicado no site “Papo de Homem” em 07 de março de 2011.
http://papodehomem.com.br/taticas-femininas-para-se-dar-bem-em-discussoes/

Ah! As mulheres! O que seríamos de nós, pobres homo sapiens ávidos produtores de testosterona, se não fosse por elas. Mulheres têm um poder fascinante sobre os homens, capazes de fazer até o mais másculo soldado espartano se derreter por um belo par de seios. Nenhum problema com isso. O problema está no fato delas saberem disso.

É da natureza feminina também a competitividade. Para elas, não basta estarem certas: elas têm que provar que os homens estão errados. E nós caímos feito patinhos. Não há nada mais chato do que discutir com uma mulher. Em qualquer relacionamento saudável – e especialmente nos relacionamentos não-saudáveis – uma discussão, às vezes, é inevitável. As mulheres dependem disso: Elas adoram discutir! Eu tenho uma teoria de que elas precisam constantemente discutir para praticar. Até acho que elas desenvolveram entre si a “Grande Cartilha de Táticas Femininas de Discussões”, na qual trago os principais tópicos e ensinamentos usados pelas mulheres:

Nosso manual.

Demagogia nossa de cada dia

Roteiro pronto, discurso minuciosamente ensaiado… aliás, facilmente ensaiado: é sempre o mesmo, só trocando o locutor e o motivo. Faz parte de um circo hipócrita e demagogo que se repete a cada vez que uma notícia mais reverbante ataca a mídia…

Mas o foco aqui não vai ser as sensacionalistas novelas que as televisões e jornais criam. Eles não estão fazendo nada além de sua necessidade por sobrevivência: Precisam de ibope. E o mais sensacionalista é o que vai ganhar a atenção, em especial de um grupo imenso de demagogos que criticam enquanto simultaneamente assistem. A crítica é a chama que vai propagar o hype, que vai acender o ibope. É a base do sucesso do Big Brother: Ninguém pode gostar mas todos têm que assistir.

A demagogia nossa de cada dia é que alimenta essa grande indústria hipócrita, que nos cerca e nos entretém – e gostamos disso. É o discurso ecologicamente correto de quem apaga a luz na hora do planeta, mas deixa o ar condicionado ligado no hotel para encontrar o quarto fresquinho quando voltar.

A última bolacha do pacote
Demago-o-quê? Eu não sou isso não!

Aquele abraço

Have you ever been so pissed off that you start swinging a cactus
Tou tranqüilão, amigo
  • Um abraço pra você que anda de guarda-chuva debaixo de toldo
  • Aquele abraço, minha senhora! Pra você que fica na fila do supermercado segurando uma caixa de sucrilhos e um litro de leite e quando chega na boca do caixa chama o marido, que aparece empurrando dois carrinhos cheios de compras pra passar na sua frente.
  • E um abraço especial à você, minha senhora, que faz isso na fila do caixa rápido de até 20 volumes.
  • Abraço pra você, meu nobre rapaz, que nos agracia com o alto funk  de seu celular no ônibus a cada volta pra casa. Fones de ouvido são para egoístas.
  • Um forte abraço pra você, colega, que levanta 320 kg de supino na academia enquanto eu me mato para tentar levantar a barra.
  • Abraço, amigo esperto pra cacete, que vai pelo acostamento enquanto os otários pegam trânsito!
  • Não vou mandar abraço pra essas pessoas que não entendem ironias. Essas eu quero que se fodam mesmo.
  • Um abraço todo especial pra você que só fala comigo pela internet, sempre recusa todos os meus convites pra sair, mas, quando eu digo que vou me mudar pra Europa, você diz “Ah!! Não queria que você fosse!!!”
  • Abraço em grupo pra vocês todos, que andam na rua mais devagar que uma avó esclerosada do Rubinho, bloqueando a passagem de quem sempre tá atrasado para o trabalho.
  • Carinhoso abraço, menina linda que fica conversando e se despedindo do amigo parada bem na frente da entrada da escada rolante!
  • Abraço malandro para você, panacão, que tem 29 anos, “+scrEv q nem 1 miniNa d12anos… XD”.
  • E, se quiser um abraço, receba-o você que não me segue no twitter mas ainda assim me lê… E eu sei disso porque vêm reclamar de algumas piadas de lá comigo.
  • Abraço, tio! Por fazer a piada do “pavê” em toda reunião familiar que contenha o doce.
  • Bicho, abraço pra você que acorda cedo para fazer algo não essencial – tipo jogar bola, correr ou assistir um filme – e depois fica o dia inteiro reclamando que está cansado porque acordou cedo.
  • Abraços, criatura, que usa “você não sabe como eu me sinto” como argumento.
  • Se minhas mãos conseguirem se juntar, abraços pra você que pede caipirinha com adoçante.
  • Abraço, Vitor Fasano!
  • Bicho, abraço pra você que tá no oitavo andar e vai pro térreo, mas aperta o botão do elevador pra cima “que é pro elevador subir!”…
  • Eu sei que não adianta mandar, porque você não vai receber, mas mesmo assim, mando um abraço pra você, que não entende indiretas.
  • E eu sei que eu estou sendo repetitivo porque você já recebeu abraços demais, mas eu queria mandar outro abraço para você que acha que tudo é uma indireta contra sua pessoa.