Luis Inácio Lula da Silva está deixando a presidência. E, uma coisa ninguém pode negar: Ele foi o presidente que rendeu as melhores piadas, o mais fácil de imitar, o mais caricato e, convenhamos, o mais burro também.
Aproveitando a partida do barbudo, resolvi publicar um desenho que já fiz há mais de um ano mas sempre manteve-se avulso num obscuro canto de minha pasta de desenhos…
(clique para ampliar)
…E ficou bom… então não sei porquê nunca o publiquei. Enfim! Antes tarde do que mais tarde.
Pedro, numa empresa trabalhava
E por lá já não era assim tão novo
Há uns bons meses que ali já estava
Mas não conhecia de lá o povo
Pobre Pedro, não era bem popular
Ficava em sua mesa, as tarefas a cumprir
De manhã, quieto, ninguém via-o chegar
De tarde, humilde, ninguém via-o sair
Um dia, Pedro recebeu um memorando:
“Com dedicação que estamos organizando…
E a todos funcionários estamos chamando…
Para a festa da empresa de final de ano!
Dos diretores aos que consertam o cano…
Preparem o fígado, o evento é profano…”
Atento, Pedro continuou a leitura:
“E, da empresa, manteremos a cultura…
Tratem, pois, comprar algum objeto…
Tradicional que é nosso amigo secreto.”
O rapaz era, por sinal, muito esperto
Sua mente era, por sinal, nada lerda
Sabia que aquilo não podia dar certo
Sabia que aquilo só podia dar merda
Pedro nem lembra como foi parar ali no meio,
Mas não participar seria muito feio,
E foi assim que se deu o sorteio:
Simplesmente retirou e abriu o papel
E sua saliva pareceu ter virado fel:
“Porra, afinal, quem diabos é Daniel?”
Pedro teve que usar de toda sua destreza
Para descobrir quem realmente havia tirado
Descobriu que o Daniel trabalhava numa mesa
Longe da sua, lá do outro lado
Descoberta a pessoa, resolvido o problema
Mas ele sabia que seria uma epopéia
Foi até o shopping, mas não foi no cinema
Foi atrás de um presente, ou ao menos uma idéia
Procurando presentes, por várias lojas andou
Uma camisa? Uma calça? Um brinquedo da Grow?
Um livro sempre parece uma idéia show
Comprar um eletrônico ia custar muito dinheiro
Talvez uma bebida, um Velho Barreiro?
Já estava desistindo, andou um shopping inteiro
Na última loja que teve uma idéia batuta:
“Já sei o que eu vou dar pra esse filha da puta!”
Um kit churrasco comprou, e não foi tão barato
Mas é um bom presente pra não ficar chato
A verdade é que era um kit bacana
Muitas facas e garfos e uma tábua insana
Várias ferramentas para um churrasco perfeito
Daniel ia gostar, mesmo não o conhecendo direito
Chegou o tal dia, dos presentes trocar,
Sortearam um malandro para então começar
Pedro foi o escolhido, veja só que azar!
No meio de todos, falou muito astuto
“Tirei o Daniel, meu amigo oculto”
E foi simples assim, sem causar nenhum tumulto
Daniel realmente pareceu que gostou
E logo depois foi a vez dele entregar
E cada entrega Pedro acompanhou
Quietinho no canto, sem sair do lugar
Até a última pessoa dizer o nome seu
“Eu tirei o Pedro! O mais quieto da gente!”
Sempre tímido, Pedro agradeceu
Começou então a desembrulhar seu presente
Quando viu o presente, até sua cara mudou
Uma caneca! Foi o que ganhou!
Ficou tão puto que até desabafou:
“Eu compro um presente legal pra caralho!
Tinha até um faca só pra pão de alho!
E me dão uma caneca! É só isso que eu valho?”
A empresa toda ficou olhando o rapaz
No meio da roda, com sua caneca na mão
Quem entregou o presente foi se esconder lá atrás
Mas Pedro seguiu com sua reclamação:
“Puta trabalho pra um presente comprar
E um puta dinheiro acabei por gastar
Mas amigo secreto é sempre assim:
Dou algo legal e dão merda pra mim!”
No outro dia, Pedro foi à empresa
Achava que ia ser odiado, mas veja só que surpresa!
Vários presentinhos tinha em cima da mesa
Do pessoal do trabalho que juntou uma prata
É que acharam que o Pedro era psicopata
“Vai que esse cara a todos nos mata!”
O orkut está sendo rapidamente abandonado, deixado às moscas. É uma era que se está findando. Orkut é tipo o Silvio Santos: Todo mundo já gostou e acompanhou avidamente um dia, mas hoje está falindo e só recebe a atenção da parcela mais pobre da população.
Mas acho que, antes de abandonar o site ainda dá pra ter um pouco de diversão com o negócio: É o ORKUT GAME!
Chame um ou mais amigos… Comece a partir de uma página aleatória no orkut. Cada um deve procurar avidamente pelos elementos listados. O que fizer mais pontos no final ganha o jogo. Simples assim:
Perfil escrito “Lotado” [2 pontos]
Usuário dizendo “Esse novo orkut é uma bosta!” [3 pontos]
Perfil tocando música [5 pontos]
Foto de uma menina tirada de cima dando destaque ao decote [1 ponto]
Foto com óculos 3D no cinema [7 pontos]
Álbum cheio de fotos com artistas [4 pontos]
Foto de comida no álbum [3 pontos]
Dois scraps “Eu te amo” de duas pessoas diferentes na seqüência [9 pontos]
About me com a frase “Não add se não conheço” [2 pontos]
Usuário dizendo “Não uso mais orkut”, seguido de link para o facebook [3 pontos]
Buddy Poke postado há menos de 2 dias [4 pontos]
Perfil com mais de 5 vídeos e nenhum clipe de música no meio [7 pontos]
Álbum cheio de photoshop [6 pontos]
Letra de música no about [4 pontos]
Perfil de animal de estimação (sem ser cachorro) [3 pontos]
Foto de paisagem [1 ponto]
Foto de carro [2 pontos]
Álbum de carnaval aonde não apareçam bebidas alcóolicas [40 pontos]
Foto da pessoa com arma [20 ponto]
Álbum cheio de fotos de show [5 pontos]
Comunidade útil [150 pontos]
Antes do falecimento oficial do orkut, vale a pena tentar se diveritir.
Te vejo no facebook! Antes de descobrirem algo melhor para reunir os amigos (tipo cerveja)…
Já convivemos há um bom tempo com a internet. A rede surgiu a partir de pesquisas militares na decáda de 60, no auge da Guerra Fria. Em 29 de outubro de 1969 foi enviado o primeiro e-mail da história. Provavelmente era SPAM ou alguma corrente com um ppt, porque travou o computador que o recebeu. Mas a verdadeira explosão da internet se deu na década de 90. E a internet é realmente sensacional! Conteúdo de graça, pra ser produzido e compartilhado com todo mundo.
Quem nunca espalhou uma piada que leu na internet? Eu mesmo roubava várias piadas do HumorTadela e contava para amigos cada vez mais chateados com minhas inconvenientes piadinhas fora de hora. O HumorTadela, por sua vez, roubava de alguma outra fonte, que por sua vez, roubava de outra e assim por diante. É praticamente impossível definir onde nasce uma piada. Isso é bem comum. Veja Chico Anysio, por exemplo, tido como um humorista genial (e realmente é), iniciou sua carreira no humor simplesmente traduzindo textos de stand-ups americanos. A internet dificultou muito o trabalho de quem rouba o texto de um humorista famoso. Se algum cara do stand-up nacional for tentar emplacar com um texto de Bill Cosby ou do genial George Carlin, acho que não vai conseguir ter muito sucesso. O Brasil está passando por uma boa fase no humor, com ótimos textos autorais escritos por Danilo Gentili, Rafinha Bastos, Marcelo Mansfield, Maurício Meirelles, entre outros. Se você chega em algum churrasco contando aquela do “Boa noite, passageiros, aqui é o Comandante Nogueira”, todo mundo sabe que você não é um babaca criativo, mas é simplesmente um babaca.
Por outro lado, é cada vez mais difícil provar que uma criação é sua. Na internet, as piadas não possuem direitos autorais. É a lei do mais pop. Sites como o Kibeloco cresceram em cima das piadas alheias. E, quando a Web se tornou 2.0, tudo ficou mais difícil: Todo mundo produzindo conteúdo, e muita gente boa produzindo conteúdo bom. As piadas curtas, frases geniais e trocadilhos infames invadiram sites como o twitter, criadas por ilustríssimos desconhecidos, deixando tudo mais fácil para certas pessoas que vivem do humor alheio (né, José Simão?).
Quando eu era pequeno (mesmo, lá pelos meus 12, 13, 14 anos) eu adorava a coluna do José Simão, na Folha. Escrevia vários e-mails pra ele com piadas e, vez ou outra via uma piada que eu tinha mandado por lá publicada. “Olha mãããeeee! O Simão publicou outra piada minha!”, e lá estava no jornal minha piada crua ou simplesmente antecedida de “e um amigo me disse que…”. Beleza! A piada era minha, mas ninguém tinha como saber disso. Parei de mandar. Hoje em dia o Simão rouba, descaradamente, sem trocar uma vírgula, diversas piadas de caras geniais do twitter, como o @silviolach ou o @amatos30. José Simão, inclusive, é um jornalista tão peculiar que consegue escrever um texto usando apenas três teclas do teclado. A primeira é Ctrl. Deduzam as outras duas.
Hoje é dia do corno. É lógico que eu tenho que falar alguma coisa a respeito. Afinal, graças à minha ex-namorada, se você examinar minha árvore genealógica, vai ver que sou eu quem tem os galhos mais salientes.
Pra começar, não sou só eu que mereço ser parabenizado neste tão singelo dia. Traição é uma coisa muito comum por aí. Verdade seja dita, fidelidade é que nem creme de beleza: Só os feios usam.
Mas eu gosto bastante da minha história de traição, porque ela aconteceu de forma bem peculiar. Eu fui traído no dia dos namorados. Pra vocês terem uma idéia de como é ser traído no dia dos namorados, é mais ou menos como não receber presente de natal porque Papai Noel estava dando pra outro. Era uma época que eu trabalhava e fazia um curso de noite. Quando chegou no sábado, 12 de junho, eu ainda não tinha nada combinado com a menina para onde iríamos ou o que iríamos fazer. O que complicou de vez foi o fato de ela estar convenientemente sem celular (porque tinham roubado o celular dela e ela tinha perdido o celular do irmão). Após passar o dia 12 todo tentando entrar em contato com a garota, fiz o que faria qualquer babaca que não consegue entrar em contato com a própria namorada no dia dos namorados: Fui pro bar tomar umas com um amigo. Mas é complicado… bem no dia dos namorados, que eu tinha planos novos: Levar ela aonde eu nunca tinha levado: ao orgasmo.
No dia seguinte, continuei pacientemente em minha incessante tentativa de falar com a garota. Foi só no meio da tarde que a mãe dela atendeu o telefone:
– Alô? Por favor a [moça]?
– Olha, a [moça] não tá não. Ela tá em Santo André.
– Santo André? Desculpa… Você sabe aonde ela tá lá?
– Ela tá na casa do namorado. Ela passa o final de semana lá.
Nesse momento minha mente começou a fazer uns cálculos de matemática bem simples, mas que me levaram a resultados espantosos. Dei ainda uma última conferida em todos os cômodos da minha casa. E eu percebi que aquela coceira na minha testa era, na verdade, algo mais profundo… Mas o problema não foi nem ser traído. O problema mesmo foi ser trocado por alguém que mora mais longe. Aí é foda.
O tal rapaz pelo qual ela me trocou é o ex-namorado dela (e, desde aquele momento, atual namorado também). Ele pode morar mais longe, mas, em compensação, é consideravelmente mais rico (ponto pra ela, trocando lanches no Habib’s por jantares no Fasano). Alguns amigos me dizem que ela nunca deixou de namorar o cara, sendo assim, o outro seria eu. Algumas evidências realmente apontam para a teoria de que eu seria o amante, como por exemplo a reação de surpresa das pessoas quando eu dizia que era namorado da menina. Eu achava que era porque todos duvidavam que uma criatura tão feia pudesse tecer um relacionamento com uma garota tão bonita (ou até simplesmente com uma garota), mas faz sentido pensar que as pessoas conheciam o verdadeiro namorado. Porra, até a linha de trem que eu pegava pra ir na casa dela em Carapicuiba era a linha diAmante!
Mas a gente tem que ver o lado positivo de tudo. Ao ser traído, por exemplo, eu adquiri o pré-requisito básico para formar uma dupla sertaneja. E você, às vezes, tem que simplesmente se conformar e pensar que é melhor dividir uma boa bisteca do que não comer nada. A verdade é que uma traição é um evento muito mais social do que um relacionamento comum. Afinal, envolve no mínimo uma pessoa a mais!
Eu ainda gosto bastante da minha ex. Acho ela uma garota muito gozada. Pelo menos ela conseguiu reciclar minhas piadas por um bom tempo. E piada de corno é que nem vídeo-cassetada: Você só ri porque não foi você que se machucou. Mesmo assim ela fala que odeia minhas piadas sobre o assunto. Não passam de pequenas piadas sobre a grande piada que ela fez comigo. Mas infidelidade é um assunto que ela prefere levar às escondidas. Ela já até falou que, se quisesse, poderia me processar pelas piadas. É… mas se eu morasse no Irã, poderia apedrejá-la por adultério também!
Como todos sabem, o Paul McCartney está no Brasil…
A repercussão disso é gigantesca. É incrível como um show de 1/4 de Beatles consegue ter mais repercussão do que uma vida inteira de shows da maioria das bandas atualmente.
Pra aquecer pro show do vovô Paul, segue um desenhinho que eu fiz só de brincadeira hoje:
(clique para ampliar)
Se eu colocasse um gorrinho e um terninho de marinheiro, teria desenhado o Quico, do Chaves.
Gosto de desenhar… É uma prática que preciso retomar, aliás… Antigamente eu colocava mais meus desenhos aqui no blog.
Sou fã de Calvin e Haroldo também… Mas, imensamente mais babaca e consideravelmente menos genial que o Bill Watterson… Assim, as tirinhas a seguir são minhas, e só servem como um tributo a Bill Watterson e um ode à minha babaquice.
Houve uma época em que eu simplesmente abominava qualquer mudança de ritmo, versão ou até letra de uma mesma música. Parecia algo exemplarmente imbecil pegar uma música qualquer e alterá-la de alguma forma. Não me culpe. Parte de minha motivação pelo repúdio a essa prática vêm de feitos como o “Bate bate bate na porta do céu” de Zé Ramalho (que, por acaso, tem um CD inteiro só estragando as versões de Bob Dylan) ou essa pérola do grupo Brucelose, digna de nossos aparelhos digestivos, que conseguem transformar um delicioso e caríssimo almoço em merda pura.
Mas até pouco tempo eu não imaginava que essas transformações pudessem ser feitas de forma totalmente benigna e até proveitosa. Devido à influência do Rockabilly, comecei a acompanhar algumas transformações de músicas medianas ou péssimas em animados rocks dançantes, provenientes de bandas como “The Baseballs” ou “Dick Brave & the Backbeats“.
MALLANDRO, Serginho. Ao lado da pastinha do “Meus Documentos”, um dos ícones mais marcantes de nossa geração. Ex-jurado do Show de Calouros. Candidato a vereador não eleito. Precocemente eliminado d’A Fazenda. Criador do “Yeah yeah glu glu”.
Vou aproveitar o momento que o Mallandro ainda tá na mídia para contar a história do dia em que eu o conheci – e que faz parte da série de reportagens sobre meus encontros com as pessoas mais influentes do mundo.
ATENÇÃO: A idéia e parte desse texto só foram possíveis graças à genialidade e inefável ajuda de Andrey Mattos Machado. Eu, particularmente, quase não fiz nada.
O menino virgem é igual água na pedra. Tanto bate até que um dia, fura.
O menino virgem é igual à casa de ferreiro. Um dia espeta com o pau.
O menino virgem é igual o Maluf: Diz pra todo mundo que já fez pra se promover, mas prefere nunca entrar nos detalhes
O menino virgem é igual a criança em fila de montanha russa: Fica todo animado esperando tanto tempo, simultaneamente tá nervoso e morrendo de medo e não tem idéia que, quando chegar a vez dele, tudo vai acabar tão rápido.
O menino virgem é igual a um blogueiro nerd: virgem.
O menino virgem é igual pai de classe media. Ta sempre duro.
O menino virgem é igual o Dado Dolabella: No final acaba resolvendo seus problemas com mulher no braço mesmo.
O menino virgem é igual a chapeuzinho vermelho: Fica vendo os doces, nao consegue comer nenhum enquanto ate o lobo mal come a avó dele.
O menino virgem é igual a internet: Apesar da aparência séria, tá cheia de sacanagem.
O menino virgem é o contrário de Uisque: Passou dos 18 tá uma merda.
O menino virgem é igual piloto de avião iniciante: Aprende simulando, mas na hora de subir o avião não sabe mexer nos instrumentos.
O menino virgem é igual a mulher fazendo regime: Só se sentirá vitorioso depois que perder aquilo que quer.
O menino virgem é igual a forno microondas: esquenta depressa demais e só atende mesmo para uma comidinha rápida.
O menino virgem é igual a um mineiro chileno: depois que entrar numa mina vai dar um trabalhão pra tirar ele de lá.
O menino virgem é igual a tatu fugindo do frio: é só ver um buraco que já vai querendo entrar.
O menino virgem é igual a Seleção Brasileira Masculina de Vôlei: Nunca termina em quarto mas se competir acaba terminando primeiro.
Agradecimentos pela idéia e metade das frases ao Andrey.