Pequeno dicionário do manifestante moderno – versão gourmet

i am so angry

Em julho de 2013, num arroubo de cidadania e amor à pátria, este humilde blog fez um serviço a toda a população brasileira e ofereceu, sem custos adicionais, um útil dicionário ao manifestante moderno.

Quase dois anos depois, visando colaborar com essa nova onda de protestos que está sendo orquestrada pela Rede Globo (eu li isso num blog esquerdista – ver parte 1 deste dicionário), nós oferecemos um complemento para que você, meu caro alienado político, possa ser massa de manobra bem informada.

Então, prepare seu cartaz, chegue cedo na rua (pra encontrar lugar aonde parar o carro) e leve junto o seu mordomo, porque está agora disponível a parte 2 – versão gourmet do pequeno dicionário do manifestante moderno:

dumbledore

Dólar: O real que funciona. O dólar devia estar lá embaixo, (na ordem alfabética, entre a Dilma e o Eleitor Petista), mas subiu tanto que chegou aqui.

Aécio: “Caralho, em que merda eu estava tentando me meter?”, certamente se pergunta todos os dias, entre uma carreira e outra, Aécio Neves, um político em estagnação que já atingiu seu auge e só tinha decadência pela frente. Com um golpe de sorte e uma ajuda dos eleitores petistas, Aécio foi poupado da humilhação pública governamental e se viu livre da bagunça política que se encontra o país. Ver também: Casagrande, Fábio Assunção, Keith Richards, Maradona

Água: Elemento que certamente não será utilizado para dispersar a manifestação nas ruas de São Paulo.

Cerveró: Um símbolo da unificação do humor. Boa parte das pessoas que clamavam por um humor mais sadio, sem o envolvimento de deficiências físicas e piadas de humor negro riem alegremente com o olho caído do personagem, ajudando a espalhar essa idéia bonita que humor é para todos. Ver também: aqui em cimaaqui embaixo

Dilma Roussef: É o Lula que deu errado. Ou o Collor que deu certo.

Eleitor petista: Verbete não encontrado. Procurar no histórico do Facebook de outubro/2014. Ver também: Sakamoto

Elitista: Pessoa que se declara contra o governo atual, independente de sua classe social. Ver também: coxinha, reaça, Varanda Gourmet

FHC: Sigla para “Foi de Histórica Culpa”. FHC é o termo usado para jogar culpas para o passado sem atingir o Lula. Afinal, a culpa é nossa e a gente coloca ela aonde a gente quiser.

Impeachment: Impeachment é aquilo que iguala a nós todos. Não importa o grau social, o nível de educação, a posição hierárquica no governo, os bilhões que temos ou deixamos de ter na conta, todos nós temos que procurar no Google como se escreve “impeachment“. É o Arnold Schwarzenegger dos termos políticos. Ver também: Cassação

Lula: Verbete ainda não encontrado. Procurar a culpa no governo passado.

Panelaço: Panela é aquele dispositivo que a sua empregada usa onde ela coloca comida crua e ela magicamente sai pronta. Anote aí a receita: pegue uma panela funda de aço, adicione um zé ruela na ponta do cabo e, durante um discurso da Dilma, use uma colher de madeira (para não riscar) para bater bastante (na panela, no zé ruela, aonde você quiser). Espere a situação fermentar e pronto: você tem um novo elitista. Ver também: Argentina (2012)

Petrolão: O mensalão da vez. O esquema de corrupção da Petrobrás dá um novo sentido à frase “colocar o bêbado para tomar conta do bar”, adptando-a para “colocar político pra tomar conta de uma empresa”. Multi-partidário e acessível a todos, o petrolão pode ser usado por qualquer partido ou viés político como um argumento acusatório contra o partido ou viés político adversário, dando argumentos a todos os militantes para acusar o outro de corrupção. Também é o responsável por colocar nomes aleatórios e claramente fictícios nas capas dos jornais todas as semanas, como “Cerveró”, “Graça Foster” ou “Janot”. Ver também: lista de partidos envolvidos no Petrolão

Temer: Ter medo, recear. Que é o que todos nós teremos se a Dilma perder o mandato e ele assumir. Ver também: esposa do Temer

Vaca: Entidade sagrada, digna de respeito e devoção (na Índia). Ver também: Dilma Roussef

Varanda Gourmet: É o camarote das manifestações. Ver também: abadá, coxinha, micareta

i hate crowds

Este pequeno panfleto de utilidade pública jamais teria sido concebido sem a inefável ajuda de Vinicius “Barba” Vianna.

Adquira agora mesmo a versão gourmet do Blog, que é a mesma coisa, mas com o pagamento mensal de R$3,99.