Um senhor de cuecas segurando uma arma no meio do deserto. É com essa inóspita cena que inicia-se Breaking Bad, a coisa mais legal que a TV produziu em toda a sua existência.
Desde a segunda temporada da série que eu faço parte deste crescente grupo de chatos que ficam recomendando incessantemente para os amigos e desconhecidos no meio da rua para que assistam essa obra, mais viciante que a metanfetamina com 99,1% de pureza que é feita pelo químico protagonista Walter White, um professor que descobre que tem um câncer e se transforma num produtor de drogas para conseguir dinheiro para o tratamento e para deixar para sua família após morrer (e se prepara que daqui pra frente é só spoilers até o final).
O roteiro é o primeiro e maior acerto da série. Apesar da segunda temporada um pouco mais fraca (na minha modesta opinião), a história sempre caminhou maravilhosamente, de forma que a vilanização do protagonista é tão gradual e bem feita que chegamos ao final da série com uma extrema empatia por este homem calculista, manipulador e frio. Mr. White é um anti-herói. Suas ações são todas justificáveis, porém a maioria delas é extremamente condenável.