O busão voador

Long-Read

…da experiência de viajar na Ryanair, a maior companhia aérea de baixo custo da Europa…

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outros long-reads…

No caótico trânsito de Dublin, uma luxuosa Mercedes S500 trafega pelas faixas de táxi. O carro possui o luminoso no teto, devidamente registrado com a licença número MG99 para exercício da profissão. Seu motorista trabalha no ramo de transporte de passageiros, levando pra lá e pra cá mais de 8 milhões de pessoas por mês, a um custo médio de 65 euros por viagem.

Apesar do baixíssimo custo médio por pessoa, Michael O’Leary não está no ramo do transporte terrestre, mas sim do transporte aéreo. Ele é CEO da Ryanair, a maior empresa aérea de baixo custo da Europa, percorrendo rotas entre 200 aeroportos em 31 países, incluindo norte da África (Marrocos) e Oriente Médio (Chipre e Israel). A empresa nasceu em 1985, operando inicialmente uma única rota, de Waterford na Irlanda a Gatwick, em Londres. Desde seu surgimento, ela trabalha lotando as cabines de passageiros da forma como pode. No começo, as aeronaves eram tão apertadas que eles apenas recrutavam comissárias que fossem menores do que 1,58m. Michael, CEO da companhia desde 1994, é uma figura caricaturesca, polêmica, popular por seu linguajar desbocado, sua arrogância e por ser um dos mais bem sucedidos empresários da Irlanda, com uma fortuna estimada em mais de 750 milhões de euros.

A empresa admitiu publicamente o uso do táxi para transporte pessoal: “A última vez que eu verifiquei, esta era uma república democrática. Contanto que eu pague meus impostos, eu posso fazer com meu dinheiro dinheiro o que eu quiser.”[1], disse Michael, único dono da O’Leary Cabs, uma companhia de táxi que só possui um carro registrado, tudo para que o empresário possa usar as faixas exclusivas de táxi irlandesas e prevenir que ele fique preso em engarrafamentos. Apesar de não ser ilegal possuir uma companhia de táxi só para fugir do trânsito, Michael pode ser obrigado a atender passageiros se for chamado enquanto estiver andando nas faixas exclusivas. No carro há até um taxímetro e ele pode emitir recibos. “Eu transportaria alegremente pessoas em Dublin. E faria um preço bem mais barato.”

Se seguisse a linha de funcionamento da companhia área, provavelmente o táxi de Michael realmente teria um preço mais barato. Mas também cobraria taxas extras para colocar bagagem no porta-malas, ligar o rádio, usar o ar-condicionado ou abaixar o vidro.

É assim que a Ryanair opera, vendendo qualquer coisa que possa ser cobrada separadamente de uma viagem de avião simples. O cliente paga mais caro se quiser despachar mala, escolher assento, embarque prioritário ou até mesmo para fazer o check-in no aeroporto.

Michael O’Leary

Primeiros dias em Londres

Parlamento
O Big Ben está começando a entortar porque o parlamento é, na verdade, feito de cortiça...

Foram seis divertidos meses que eu passei em Portugal. Quando eu parti da península Ibérica, no começo de setembro, com a idéia de fazer um mochilão pela Europa com amigos, eu já não tinha pretensão nenhuma de voltar. Assim, eu adquiri um problema: eu ia terminar a viagem em algum lugar aleatório e terrivelmente longe de onde ela começou. E, sendo uma viagem com gente jovem, forte e maluca, não fazia sentido carregar mais pertences do que aquilo que coubesse em meu mochilão de viagem. Então, coloquei em minha outra mala todos os pertences que eu achei que não precisaria (calças de neve, grossas blusas de frio, uma tablet de desenho, tomadas extras para o falecido macbook, alguns livros que eu ainda não li e quase todas as roupas sociais que eu tinha, exceto por uma camisa que deixei na mochila para se surgisse uma oportunidade de emprego no meio da viagem), com os planos de despachar essa mala para algum lugar que fosse mais próximo do meu futuro desconhecido destino.

Entre as alternativas que eu tinha, envolviam uma tia em Paris, um amigo na Bélgica e um amigo na República Tcheca. Meus planos eram mais obscuros do que programação do SBT, mas eu tinha uma forte propensão para ir à capital francesa com o objetivo de aprender francês e comer baguete. Lá se foi então minha mala conhecer a França. E lá fui eu conhecer o resto da Europa…

Então, Londres

O relógio da torre marcava 5h40 quando eu saí da casa de meus tios em Hengelo, na Holanda. Era uma segunda-feira, 10 de outubro de 2011 e eu estava cansado. Nos trinta dias que se passaram desde minha partida de Portugal, eu havia visitado cinco países e uma oktoberfest com três grandes amigos que vieram do Brasil (Andrey, Gabi e Ormeni, SEUS LINDOS!), numa eurotrip mais divertida do que falar mal de ex. Quatro dias antes eu tinha me despedido deles em Amsterdam e, sem outro destino, parti em direção à casa de meus tios, que estavam se mudando na altura para a Holanda para viver lá a trabalho por um tempo.

Torre de Hengelo
A torre de Hengelo

Estava realmente muito frio. Uma garoa fina caía, mas eu não achei que fosse o suficiente para abrir meu recém adquirido guarda-chuva. Havia comprado-o um dia antes: eu sabia que ir para Londres sem guarda-chuva é como ir para o Rio de Janeiro sem seguro de vida. Além de minha ferramenta proteccional contra água caída do céu, eu usava duas camisas, uma calça jeans absolutamente nova (uma vez que minha velha calça havia cedido por completo ao furo que já tomava conta da região glútea) e o mesmo par de botas e a mesmíssima blusa que eu usava quando cheguei em Lisboa, exatos sete meses antes.

Ciudad de Mexico: A Zona Leste do mundo

No meu regresso da Califórnia em novembro, peguei um vôo que fazia escala na Ciudad de Mexico. Aproveitando-me das maravilhas oferecidas pela não necessidade de visto devido ao fato de portar um passaporte de origem européia, resolvi conhecer as nobres terras mexicanas.

Merda!

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Nobre flâmula mexicana

Já ouvi relatos bem desagradáveis sobre a capital mexicana. É bem pior do que parece, entretanto. Pra começar, logo que cheguei comecei a me sentir muito mal por não ter um bigode. Se até as mulheres têm, é porque eles devem considerar algo realmente importante. Depois dessa viagem, tenho até a impressão de que os mexicanos só deixam o bigode crescer para ficarem mais parecidos com a mãe.

Conhecendo assim o povo mexicano, finalmente entendi porquê a tequila é tão forte. É uma questão de procriação da espécie. Só mesmo com muita tequila os mexicanos conseguem manter alguma relação entre eles.

Austrália wildlife

Por ficar completamente isolado do resto do mundo, a Oceania contém animais únicos. E a Austrália sabe como explorar turisticamente essa vida selvagem. Até o brasão australiano contém um canguru e um emu – provavelmente o macho da ema.

Brasão Australiano

Mochilando pelo mundo…

Foram 2 meses bem bacanas…

Passei por 5 países em 5 semanas…

Mapster - Outubro de 2009
Mapster - Outubro de 2009

Basta comparar meu mapster – com os locais do mundo que eu conheço – em 01 de outubro e em 01 de dezembro – e você percebe que eu consideravelmente meu conhecimento do mundo…

Mapster - Dezembro de 2009
Mapster - Dezembro de 2009

Desde as maravilhas naturais de Te Anau, na Nova Zelândia até a arquitetura moderna de Sydney. Das mulheres mais lindas que eu já vi, em Gold Coast até o povo mais feio que eu já vi, na Ciudad de Mexico. Da pacata Christchurch com seus bondinhos à agitada Melbourne, com seus bondinhos. Das focas da Tasmânia às focas de San Francisco…

Centenas de fotos gastos e alguns poucos milhares de reais gastos… Mas definitivamente valeu a pena.

As fotos http://picasaweb.google.com/paulovelho e algumas histórias por aqui em breve…

Austrália – terra australis incognita

Ah! Austrália! Mal posso esperar para ir conhecer esta maravilhosa terra e seu povo acolhedor!

Dê o fora da Oceania! Isto não é War!
Dê o fora da Oceania! Isto não é War!

Este texto é o primeiro de uma série sobre a Austrália e a Nova Zelândia, todos detalhando sobre minha viagem. Na Austrália ficarei por pouco tempo: apenas uma semana e meia, onde eu passarei por 6 cidades: a gigantesca Melbourne, a badalada Gold Coast, a chapada Nimbin, a tranqüila Byron Bay, a não-sei-o-que-esperar Brisbane e a famosa Sydney.