Ah! Natal! Aquele dia que poderemos acompanhar a chegada daquele adorável barbudo de vermelho que adora dar presentes para o povo e é muito popular… Lógico que não é Papai Noel! É o filme do Lula estreando por aí…
No episódio de Simpsons “A Star is Burns” está ocorrendo um festival de cinema em Springfield. Para aumentar sua popularidade, sr. Burns decide fazer um filme sobre sua vida. Então, como não consegue contratar Steven Spielberg, contrata señor Spielbergo, um equivalente mexicano para cuidar de seu filme. Burns ainda pede que señor Spielbergo faça por ele “o que Spielberg fez por Schindler”.
Apesar das semelhanças de sr. Burns com José Serra, é o nosso caríssimo presidente Lula que terá um filme só seu. Fazendo o papel de señor Spielbergo, Fábio Barreto dirige o filme. Curioso ver que o irmão de Fábio, Bruno Barreto, foi o cara que dirigiu “Última parada 174”, que conta a história do vagabundo que seqüestrou um ônibus e matou uma moça. Parece que fazer filme de bandido é uma tradição da família Barreto.
Lula nem precisa de um filme pra elevar sua popularidade. Ela já vem alcançando níveis estratosféricos – tanto que nem sua imbecil e vergonhosa defesa a José Sarney conseguiu ofuscar. Mas o filme com certeza vai ajudar ainda mais na mitificação do “herói Lula”. Querendo mostrar que ele pode ser tão bom quanto Aécio Neves o personagem de Lula no filme pega a Cléo Pires e a Juliana Baroni.
Outro ponto é que, mesmo sem ter assistido ao filme, tenho certeza que ele elimina as partes que mostram as concretas acusações de mensalão e diversos outros crimes e roubos cometidos durante seu governo. O filme não teria figurantes, teria figurões.
O filme custou cerca de R$ 12 milhões. 50% a mais que “Cidade de Deus”. Imagino que os efeitos especiais para a remoção do dedo do protagonista tenha encarecido o filme. E, ao contrário de Cidade de Deus, que 85% dos custos do filme foram bancados pela O2 de Fernando Meirelles, “Lula – o Filho do Brasil” contou com o patrocínio de 17 empresas. Um patrocínio que mostra retorno, uma vez que, só em 2009 essas empresas receberam mais de 500 milhões em contratos com o governo… Só a “Oi” fechou esta semana com o governo um contrato de 4,4 bilhões.
Digo sem ter assistido ao filme porque realmente não quero assisti-lo. Como disse José Simão, iria ao cinema com todo prazer se o mocinho morresse no final, mas acho que não é o caso. Nem baixá-lo pela internet farei. Coisa que eu acho que quem devia baixar o torrent e assistir era o Zezé di Camargo e Luciano. Seria a forma perfeita de vingança para eles.