Paul acordou mais um dia. Sua rotina era uma bosta. Sair por aí, procurar comida, ficar de um lado pro outro que nem um retardado, voltar, dormir, procurar comida. Nenhuma emoção em sua vida.
Enfim, Paul acordou mais um dia. Saiu por aí. Foi procurar comida. Achou. Só que havia algo diferente dessa vez, de novo… Sua comida estava trancaficada em caixas de vidro. Não uma, mas duas caixas de vidro. Curioso ver que cada caixa tinha uma bandeira diferente. Mas que diabos? Paul encarou uma caixa, encarou a outra, nadou para uma, nadou para outra, pensou… É! Não tem diferença entre elas… Foda-se, vou escolher qualquer uma, afinal, preciso comer!
Não foi uma escolha simples. As escolhas de Paul, o polvo são acompanhadas de perto por grande parte da população mundial. Paul é um polvo vidente. Mas parece que ele não sabe direito disso… Porra, se ele é tão bom vidente, como se deixou ser capturado? Queria ver Paul adivinhar quem vai ganhar as eleições no Brasil. Um polvo vidente é algo tão surreal que parece ter saído de um livro do Douglas Adams.
A final da Copa do Mundo não devia nem ter jogo. Devia ser uma transmissão ao vivo do polvo vidente escolhendo a seleção campeã. Provavelmente seria muito mais emocionante.
Sem contar que agora eu vivo um dilema: Estou torcendo pela Holanda, mas ficaria desapontadíssimo se o polvo errasse.
Eu realmente não tenho muitas piadas para fazer sobre o assunto. Mas se você ainda quiser rir, se lembre que você divide o mesmo mundo com um polvo vidente… Um polvo… Vidente…
Tá bom!