Pudinismo

Vamos começar do princípio…

1:1 No princípio, bateu a Grande Cozinheira os ovos.
1:2 disse Ela: faça-se o leite condensado e assim foi feito.
1:3 e Ela viu que o leite condensado era bom.
1:4 misturou a Cozinheira o leite condensado aos ovos e adicionou mais duas medidas da lata de leite depois.
1:5 e viu que era bom.
1:6 despejou Ela tudo numa forma furada caramelizada, assando e depois esfriando e depois desenformando; descansando e procrastinando no meio do processo, nunca no fim.
1:7 e Ela chamou ao pudim PUDIM, e à calda calda.
1:8 disse “sois PUDIM. guarda-lhe-ei Tu para a sobremesa”. E assim se fez.
1:9 e a Grande Cozinheira contemplou sua obra, e viu que tudo era muito bom.

De acordo com o Pudinismo, para entendermos quem somos, de onde viemos e para onde vamos, é necessário compreendermos de maneira adequada sobre a formação do GRANDE PUDIM no centro do qual todo Universo vêm espiralmente caindo.

Pudinismo
Arte pudinista

A resposta dessas questões começaram a ser tratadas ainda de forma serena pela religião. Para onde vamos está claro: Seguiremos vivendo no meio deste GRANDE PUDIM (assim, com maiúsculas mesmo) até cairmos na temível calda de caramelo, onde cada um de nós será julgado pela colherada final. De onde viemos está um pouco mais obscuro, mas provavelmente os ingredientes que nos rodeiam foram comprados em algum pequeno mercado de bairro. A Gostosa Cozinheira não parece ser daqueles tipos de Deuses que freqüentam grandes mercados atacadistas (ao contrário do Thor, que com certeza compra os móveis na IKEA).

Certamente, entretanto, a questão mais temerosa é a “quem somos, o que diabos estamos fazendo aqui e que horas vamos sair para o almoço?”. Vários especialistas têm se reunido em milhões de mesas de bar espalhadas pelo mundo discutindo o assunto, chegando a diversos consensos e esquecendo-os algumas horas depois. O que basicamente responde pelo menos a uma pergunta: Somos todos uns babacas.

A rede anti-social

Ainda acho que, em favor da socialização, as pessoas deviam entrar mais em bares e menos em redes sociais. Como diz o Tio Dino, são tempos de muita rede social para pouco amigo.

Rede sem lei

O orkut é o equivalente às pochetes das redes sociais. Outrora pop, a rede já foi reportagem de William Bonner com suas Katilces e acusações de “não sei brincar, o orkut tá falando mal de mim.”. Hoje em dia, a comunidade é mais cafona do que casar na praia. Eu adoraria usar uma expressão-clichê do tipo que “o site só se mantém vivo com a ajuda de aparelhos”, mas todo site da internet só funciona com a ajuda de aparelhos.

A comunidade ainda é útil para verificar o que fazem seus amigos de mais baixa renda. Em minha humilde opinião, o grande problema do orkut é que ele se preocupou demais em imitar o facebook e esqueceu de ser quem ele realmente é. Não aprendeu nada com a moral de 9 em cada 10 contos de fada da Disney. Oras, se é pra ter uma rede que imita o facebook, então eu também vou para o facebook, que, convenhamos, imita muito melhor a si mesmo.

Atualmente, o orkut funciona como um cemitério de memórias. Pense em algum casal de amigos que tenham terminado o relacionamento nos últimos 6 meses. O orkut ainda guarda fotos dos pombinhos juntos e depoimentos apaixonados de um para o outro. Varrer os scraps e fotos de seus amigos no orkut é tipo varrer as fotos daquelas escolas abandonadas em Chernobyl, de pessoas abandonando depoimentos às pressas e largando tópicos incompletos em comunidades.

E se você acha que o orkut anda deserto, é porque faz tempo que não entra no mySpace.

Já o twitter transformou-se rapidamente no maior site de humor do mundo. Os usuários do twitter se dividem em três categorias: Tem as celebridades, os pseudo-humoristas e os bots. Se você não é famoso e não segue automaticamente o Mano Menezes, você tenta fazer piadinha na rede. Ultimamente, entretanto, grande parte das celebridades está começando a investir no pseudo-humorismo; e estou certo que com o avanço da Inteligência Artificial, em poucos meses teremos os primeiros bots mandando trocadilhos no twitter.

Rabiscos de Reunião #9

Sejamos sinceros: Ninguém dá nada pra esses desenhos, né?

"Você acha que eu consigo faturar aquela coroa ali?" / "Porra, cara! Aquela ali não vale nada!"

E as piadas também não valem um tostão furado…

Rabiscos de Reunião #8

Hoje é terça-feira! Olha que azar o seu!

Trevos
"Viu que aquele ali nasceu com 4 folhas?" / "Putz, coitado! Que azar!"

É como diz o @silviolach: Pé de coelho pode até trazer sorte. Mas não para o coelho.

O Escritório

Este texto não é meu. É um espaço que eu gostaria de ceder para diversos autores que considero sensacionais compartilharem também suas próprias babaquices.
Andrey é o vilão especialmente convidado da vez.

Milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo sabem o que é trabalhar todos os dias em um escritório. O resto, incluindo limpadores de chaminés, especialistas anti-bombas e jogadores do palmeiras, têm sorte.

Não que seja ruim passar mais de 45 horas semanais dentro de uma sala climatizada, encarpetada, com cafézinho à vontade, banheiros disponíveis, horário para refeições e pessoas de todos os tipos convivendo juntas. O único problema é que eu, pessoalmente, preferia ter meu corpo beliscado por mil siris malvados à isso.

Dwight Schrute
Segunda-feira?

Ainda não encontrei os mil siris malvados, portanto sim, eu trabalho em um escritório.

Abaixo uma descrição simples de alguns aspectos da infra-estrutura desse ambiente de trabalho. Apenas como uma referência para quem ainda não é climatizado com as maravilhas de um escritório.

Trabalho ao ar preso

Já que toquei no assunto, porque não falar dos tais sistemas climatizados? Parece uma benção trabalhar em um ambiente em que a temperatura está perfeitamente regulada para que meu corpo possa manter suas funções vitais, enzimas trabalhando perfeitamente, glândulas sudoríparas em estado sonolento, além de sentir uma sensação agradável durante todo dia, não importa a estação do ano. Bom, sim, isso é uma benção, de fato. O que ficou de fora dessa linda história é que esses tais sistemas devem ter sido feitos nos anos 30, quando ainda não existia esse tal de Aquecimento Global. É impressionante perceber que no inverno, o ar-condicionado funciona perfeitamente, exigindo o uso de blusas e cachecóis em plena “Reunião Mensal de Desempenho”, enquanto no verão há revolta e piquetes contra o Zé, que explica que nada pode fazer, pois o ar condicionado já “está no último”.

Além do mais, quando falamos de uma temperatura agradável a que temperatura você se refere? Como disse inicialmente, o escritório é uma amostra de todos os tipos de pessoas, temos então desde esquimós calorentos até beduínos friorentos. Certamente ainda haverá a “Rebelião dos Cubículos” por questões climáticas, aonde haverá morte e raiva recíproca.

O último ponto, ao se falar do áquario humano que é o escritório é que, se as pessoas não chegam a um consenso em relação à temperatura, então ao menos em outros aspectos elas dividem como irmãs o seu dia-a-dia. Gripes, resfriados, viroses e doenças mil convivem perfeitamente entre os seres humanos, viajando de baia em baia pelo complexo sistema de túneis de ar-condicionado que isola a todos do mundo exterior.

A marcha das marchas

Marchemos!
I Shave my balls for this?
I Shave my balls for this?
Começou a temporada de marchas.
A nova mania entre a gente diferenciada é sair às ruas em eventos populares de alguma coisa. É tanta marcha que até o Geraldo Vandré já está de saco cheio.
A marcha é a forma física do hashtag; é o direito do povo; é a maneira que o popular encontrou para se sentir útil da forma mais fácil e barata possível.
É uma coisa que está no DNA do brasileiro, afinal o próprio Carnaval pode ser considerado uma marcha: é a marcha dos desocupados. São pessoas que saem às ruas para não irem a lugar nenhum… Até as músicas se chamam “marchinhas”…
Com tantos protestos e marchas por aí, não fique de fora dessa. Crie já a sua própria marcha!
Para uma marcha ser bem feita, ela deve partir de um princípio inalcançável ou de uma palavra chamativa. Melhor se tiver cobertura da imprensa e cartazes que pareçam ter sido feitos por alunos de segunda série. Pontos extras se entrar em confronto com a polícia.
I am a little upset.
I am a little upset.

Rabiscos de Reunião #7

Mal sinal:

Placas
"Vamos indo?" / "Espera aí"

É… acho que eu não consegui emplacar uma boa piada.

Bom… a vida segue…

Dos textos pessoais

É evidentemente com imensa satisfação que eu acompanho o crescimento do número de visitas aqui do meu blog.

Foi meio sem querer que comecei a encher isto aqui de piadas e outras coisas que me passam pela cabeça. Como o resultado foi bom e eu realmente gosto de escrever essas baboseiras, fui continuando.

Há de se lembrar, entretanto, que este é um blog pessoal. Estou longe de minha família e amigos e sempre planejei usar isto como meio de atualizá-los de minhas babaquices. Recentemente fiquei até surpreso porque mamãe (oi, mãe!) veio me dizer que adorou um texto que leu aqui no meu blog. Porra, se mamãe – que digita “Google” na caixa de buscas do Google – acessa meu blog, talvez eu devesse começar a ficar preocupado com o tanto de putaria que acabo acidentalmente (ou não) escrevendo por aqui. Senão ela vai começar a pensar que eu realmente bebo tanto quanto faço parecer que bebo.

Falar de si mesmo, entretanto, pode ser prazeroso para quem escreve e para alguns que lhe acompanham, mas já há um grande número de pessoas que lêem meu blog mas não fazem a mínima idéia de quem eu seja – e esses textos a eles podem soar tão divertidos quanto acompanhar o eclipse da lua. Por isso é um assunto que não têm sido freqüente: Nunca sei se o que eu falo de mim mesmo é realmente interessante.

Isto posto, alguns textos pessoais deverão aparecer aqui com mais freqüência. Cogitei criar um blog separado para manter apenas os textos pessoais, mas constantemente não consigo distingüir entre o que é minha vida pessoal e o que é piada.

Aos que querem saber só de mim sem ter que visualizar textos babacas sobre o que fazer com limões ou imagens tontas de conversa entre objetos inanimados, agora tem o pessoal.blog.paulovelho.com. De forma igual, mas oposta, funciona o geral.blog.paulovelho.com.

No geral, acho mais fácil o leitor simplesmente pular os textos que não lhe interessem. Mas quando minha tia (oi, tia!) quiser saber de mim, pelo menos eu tenho um link mais limpo para enviar pra ela.

(e eu também adoro quando recebo comentários)

Rabiscos de Reunião #6

Conversas do dia-a-dia…

Põem na tela!
"E aí? O que você me conta de novidade?" / "Ah! Nada de mais... o de sempre..."

Piada ruim? Também não é novidade…

Tim Minchin e o verdadeiro rock nerd