Vamos começar do princípio…
1:1 No princípio, bateu a Grande Cozinheira os ovos.
1:2 disse Ela: faça-se o leite condensado e assim foi feito.
1:3 e Ela viu que o leite condensado era bom.
1:4 misturou a Cozinheira o leite condensado aos ovos e adicionou mais duas medidas da lata de leite depois.
1:5 e viu que era bom.
1:6 despejou Ela tudo numa forma furada caramelizada, assando e depois esfriando e depois desenformando; descansando e procrastinando no meio do processo, nunca no fim.
1:7 e Ela chamou ao pudim PUDIM, e à calda calda.
1:8 disse “sois PUDIM. guarda-lhe-ei Tu para a sobremesa”. E assim se fez.
1:9 e a Grande Cozinheira contemplou sua obra, e viu que tudo era muito bom.
De acordo com o Pudinismo, para entendermos quem somos, de onde viemos e para onde vamos, é necessário compreendermos de maneira adequada sobre a formação do GRANDE PUDIM no centro do qual todo Universo vêm espiralmente caindo.

A resposta dessas questões começaram a ser tratadas ainda de forma serena pela religião. Para onde vamos está claro: Seguiremos vivendo no meio deste GRANDE PUDIM (assim, com maiúsculas mesmo) até cairmos na temível calda de caramelo, onde cada um de nós será julgado pela colherada final. De onde viemos está um pouco mais obscuro, mas provavelmente os ingredientes que nos rodeiam foram comprados em algum pequeno mercado de bairro. A Gostosa Cozinheira não parece ser daqueles tipos de Deuses que freqüentam grandes mercados atacadistas (ao contrário do Thor, que com certeza compra os móveis na IKEA).
Certamente, entretanto, a questão mais temerosa é a “quem somos, o que diabos estamos fazendo aqui e que horas vamos sair para o almoço?”. Vários especialistas têm se reunido em milhões de mesas de bar espalhadas pelo mundo discutindo o assunto, chegando a diversos consensos e esquecendo-os algumas horas depois. O que basicamente responde pelo menos a uma pergunta: Somos todos uns babacas.