No show do Richard Cheese…

Há uma semana atrás, no dia 06 de julho, estive em Londres, para o show do Richard Cheese.

Foi absurdamente sensacional. Parecia um show de humor, o público não parava de rir. Ele e a banda têm uma presença fabulosa, extremamente simpáticos; até foram falar com os fãs depois de terminada a apresentação. Tive aí a oportunidade de entregar-lhe um pequeno mimo que havia desenhado em meus momentos ociosos de viagem:

Richard Cheese
Richard Cheese by Paulo Velho

Também conversei com Bobby (o divertidíssimo pianista) e Frank (o bateirista). A banda também faz uma ótima representação no show, garantindo algumas risadas e não sendo intrusiva na atuação do Sr. Queijo, que é realmente o grande personagem.

Ele já entrou no palco com uma taça na mão mandando “Too drunk to fuck“. A playlist continuou com “Closer” e “Another Brick in the wall“.

Dick desceu até a platéia, começou a conversar com o público e fazer piadinhas extremamente rápidas. Usou dessas piadinhas para mandar “Rock and Roll all night” e depois “Anarchy in the UK“; Fez o mais divertido e improvisado moonwalk que eu já vi quando cantou “Billy Jean“; Mandou um sensacional “Just Dance” da Lady Gaga em ritmo de “Sunday Bloody Sunday“; e, quando foi cantar U2, brincou dizendo que era um prazer cantar uma música daquela banda inglesa – gerando protestos bem-humorados da platéia.

Escolheu duas garotas aleatórias: “Vou fingir que vocês são lésbicas e dedicar essa música para vocês, tudo bem?” e cantou um divertidíssimo “Don’t cha” imitando diversas personalidades.

Show do Richard Cheese
Assistindo da bancada...

Ele parece se divertir tanto quanto o público. Deu muito trabalho aos seguranças – sempre que ia até a platéia dois seguranças o seguiam e ele só fazia piada com a situação. Eu estava no balcão, como pobre portador do ingresso mais barato. Mas, como haviam lugares VIPs vazios na minha frente, o sangue brasileiro falou mais alto e pulei para esses lugares para ter uma vista melhor de quando ele ia brincar com a platéia. Em determinado momento ele disse que ia dedicar a música a quem estava no balcão. Depois, mudou de idéia: “Não… O pessoal da platéia pagou mais caro, então é justo que eu cante essa música para eles. Pensando bem, só pra eles” – e cantou baixinho um “Like a Virgin“, incluindo com a banda tocando os instrumentos em volume reduzido. Era engraçadíssimo ver ele atuar e dançar quase não ouvindo nada.

A playlist ainda contou com Black Eyed Peas, Amy Winehouse, Prodigy, Slipknot com “People = Shit“, Beatles com “Helter Skelter“, “Down with the Sickness“, “Gin and Juice” e um emocionadíssimo “Friday“, da Rebecca Black. Sobrou até para a música de abertura de Bob Esponja.

Como não podia deixar de ser, terminou com “Creep“, para fechar de forma magistral uma apresentação épica.

Richard Cheese parece mais magro ouvindo o CD...

…e sobre Londres: É uma cidade sensacionalmente maluca. Até eu pareço normal por lá. Mas não vou me estender em pormenores londrinos porque minha relação com aquele lugar ainda vai render… É certeza!

Rabiscos de Reunião #9

Sejamos sinceros: Ninguém dá nada pra esses desenhos, né?

"Você acha que eu consigo faturar aquela coroa ali?" / "Porra, cara! Aquela ali não vale nada!"

E as piadas também não valem um tostão furado…

Rabiscos de Reunião #8

Hoje é terça-feira! Olha que azar o seu!

Trevos
"Viu que aquele ali nasceu com 4 folhas?" / "Putz, coitado! Que azar!"

É como diz o @silviolach: Pé de coelho pode até trazer sorte. Mas não para o coelho.

O Escritório

Este texto não é meu. É um espaço que eu gostaria de ceder para diversos autores que considero sensacionais compartilharem também suas próprias babaquices.
Andrey é o vilão especialmente convidado da vez.

Milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo sabem o que é trabalhar todos os dias em um escritório. O resto, incluindo limpadores de chaminés, especialistas anti-bombas e jogadores do palmeiras, têm sorte.

Não que seja ruim passar mais de 45 horas semanais dentro de uma sala climatizada, encarpetada, com cafézinho à vontade, banheiros disponíveis, horário para refeições e pessoas de todos os tipos convivendo juntas. O único problema é que eu, pessoalmente, preferia ter meu corpo beliscado por mil siris malvados à isso.

Dwight Schrute
Segunda-feira?

Ainda não encontrei os mil siris malvados, portanto sim, eu trabalho em um escritório.

Abaixo uma descrição simples de alguns aspectos da infra-estrutura desse ambiente de trabalho. Apenas como uma referência para quem ainda não é climatizado com as maravilhas de um escritório.

Trabalho ao ar preso

Já que toquei no assunto, porque não falar dos tais sistemas climatizados? Parece uma benção trabalhar em um ambiente em que a temperatura está perfeitamente regulada para que meu corpo possa manter suas funções vitais, enzimas trabalhando perfeitamente, glândulas sudoríparas em estado sonolento, além de sentir uma sensação agradável durante todo dia, não importa a estação do ano. Bom, sim, isso é uma benção, de fato. O que ficou de fora dessa linda história é que esses tais sistemas devem ter sido feitos nos anos 30, quando ainda não existia esse tal de Aquecimento Global. É impressionante perceber que no inverno, o ar-condicionado funciona perfeitamente, exigindo o uso de blusas e cachecóis em plena “Reunião Mensal de Desempenho”, enquanto no verão há revolta e piquetes contra o Zé, que explica que nada pode fazer, pois o ar condicionado já “está no último”.

Além do mais, quando falamos de uma temperatura agradável a que temperatura você se refere? Como disse inicialmente, o escritório é uma amostra de todos os tipos de pessoas, temos então desde esquimós calorentos até beduínos friorentos. Certamente ainda haverá a “Rebelião dos Cubículos” por questões climáticas, aonde haverá morte e raiva recíproca.

O último ponto, ao se falar do áquario humano que é o escritório é que, se as pessoas não chegam a um consenso em relação à temperatura, então ao menos em outros aspectos elas dividem como irmãs o seu dia-a-dia. Gripes, resfriados, viroses e doenças mil convivem perfeitamente entre os seres humanos, viajando de baia em baia pelo complexo sistema de túneis de ar-condicionado que isola a todos do mundo exterior.

A marcha das marchas

Marchemos!
I Shave my balls for this?
I Shave my balls for this?
Começou a temporada de marchas.
A nova mania entre a gente diferenciada é sair às ruas em eventos populares de alguma coisa. É tanta marcha que até o Geraldo Vandré já está de saco cheio.
A marcha é a forma física do hashtag; é o direito do povo; é a maneira que o popular encontrou para se sentir útil da forma mais fácil e barata possível.
É uma coisa que está no DNA do brasileiro, afinal o próprio Carnaval pode ser considerado uma marcha: é a marcha dos desocupados. São pessoas que saem às ruas para não irem a lugar nenhum… Até as músicas se chamam “marchinhas”…
Com tantos protestos e marchas por aí, não fique de fora dessa. Crie já a sua própria marcha!
Para uma marcha ser bem feita, ela deve partir de um princípio inalcançável ou de uma palavra chamativa. Melhor se tiver cobertura da imprensa e cartazes que pareçam ter sido feitos por alunos de segunda série. Pontos extras se entrar em confronto com a polícia.
I am a little upset.
I am a little upset.

Rabiscos de Reunião #7

Mal sinal:

Placas
"Vamos indo?" / "Espera aí"

É… acho que eu não consegui emplacar uma boa piada.

Bom… a vida segue…

Dos textos pessoais

É evidentemente com imensa satisfação que eu acompanho o crescimento do número de visitas aqui do meu blog.

Foi meio sem querer que comecei a encher isto aqui de piadas e outras coisas que me passam pela cabeça. Como o resultado foi bom e eu realmente gosto de escrever essas baboseiras, fui continuando.

Há de se lembrar, entretanto, que este é um blog pessoal. Estou longe de minha família e amigos e sempre planejei usar isto como meio de atualizá-los de minhas babaquices. Recentemente fiquei até surpreso porque mamãe (oi, mãe!) veio me dizer que adorou um texto que leu aqui no meu blog. Porra, se mamãe – que digita “Google” na caixa de buscas do Google – acessa meu blog, talvez eu devesse começar a ficar preocupado com o tanto de putaria que acabo acidentalmente (ou não) escrevendo por aqui. Senão ela vai começar a pensar que eu realmente bebo tanto quanto faço parecer que bebo.

Falar de si mesmo, entretanto, pode ser prazeroso para quem escreve e para alguns que lhe acompanham, mas já há um grande número de pessoas que lêem meu blog mas não fazem a mínima idéia de quem eu seja – e esses textos a eles podem soar tão divertidos quanto acompanhar o eclipse da lua. Por isso é um assunto que não têm sido freqüente: Nunca sei se o que eu falo de mim mesmo é realmente interessante.

Isto posto, alguns textos pessoais deverão aparecer aqui com mais freqüência. Cogitei criar um blog separado para manter apenas os textos pessoais, mas constantemente não consigo distingüir entre o que é minha vida pessoal e o que é piada.

Aos que querem saber só de mim sem ter que visualizar textos babacas sobre o que fazer com limões ou imagens tontas de conversa entre objetos inanimados, agora tem o pessoal.blog.paulovelho.com. De forma igual, mas oposta, funciona o geral.blog.paulovelho.com.

No geral, acho mais fácil o leitor simplesmente pular os textos que não lhe interessem. Mas quando minha tia (oi, tia!) quiser saber de mim, pelo menos eu tenho um link mais limpo para enviar pra ela.

(e eu também adoro quando recebo comentários)

Rabiscos de Reunião #6

Conversas do dia-a-dia…

Põem na tela!
"E aí? O que você me conta de novidade?" / "Ah! Nada de mais... o de sempre..."

Piada ruim? Também não é novidade…

Tim Minchin e o verdadeiro rock nerd