Duas semanas antes do início das Olimpíadas, eu desembarquei no aeroporto de Heathrow, voltando de uma viagem de trabalho. Eram 22h10 quando o avião pousou, mas eu só fui sair do aeroporto depois da meia-noite (um processo que eu costumo levar 15 minutos em viagens pela Europa).
Além de uma longa espera com o avião parado na pista esperando um lugar para estacionar, havia uma enorme fila na UK Border – e olha que eu sou um cidadão europeu; na fila dos pobres mortais era possível ver uma placa dizendo “Tempo de espera estimado: 90 minutos a partir deste ponto” após algumas curvas de mata-burro.

Esse caos era esperado até pela empresa aonde trabalho. As regras para os funcionários alocados em Londres é o corte completo de viagens. Como uma multinacional com forte atuação em toda Europa, sempre foi muito comum viagens internacionais, mas durante o período das Olimpíadas nenhum funcionário entra ou sai de Londres – tanto pelo preço das passagens quanto pelo transtorno logístico que provavelmente seria causado.
Para fugir do caos, muitos londrinhos haviam planejado as férias durante o período olimpíco. E isso até gerou uma campanha muito controversa da British Airways intitulada “Don’t Fly”, pedindo aos ingleses que não viajem e fiquem apoiando o time inglês:
Uma companhia aérea está pedindo para que as pessoas não viajem. Esse é o catastrofismo londrino.